Na data de 20 de janeiro de 2003, um choque frontal entre dois trens do metrô de Belo Horizonte deixou 77 pessoas feridas, tornando-se o maior acidente da história do metrô na cidade. O acidente ocorreu na estação 1º de Maio, no bairro de mesmo nome, na zona norte da cidade.
Na época do ocorrido, a estação contava com apenas uma linha em operação, já que a segunda ainda não havia sido concluída. Dois postos controlavam o tráfego, sem sinalização eletrônica para evitar acidentes.
O trem de número 7 não esperou que o trem de número 12, que ia em direção ao centro da cidade, saísse do trajeto e seguiu caminho até colidir com ele. O Centro de Controle Operacional da CBTU só conseguiu alertar os maquinistas quando nada mais poderia ser feito. Ambos saltaram de suas máquinas antes do choque.
Cerca de 400 pessoas estavam dentro dos vagões no momento do impacto. Mais de 30 carros da Polícia Militar e sete do Corpo de Bombeiros estiveram no local para atender os feridos. No Pronto-Socorro de Venda Nova, região metropolitana de Belo Horizonte, foram atendidas 50 pessoas. O movimento durante a manhã foi tão intenso que médicos que estavam de folga foram chamados para atender.
Entre as hipóteses, está a falha humana, como a possibilidade de um dos operadores não ter alertado os maquinistas sobre a possibilidade do choque. Na época, o sindicato dos metroviários afirmou que a falta de sinalização eletrônica no trecho contribuiu para o acidente.
Vinte anos depois, o acidente do metrô BH ainda é lembrado como um episódio trágico na história da cidade. As investigações apontaram falhas na segurança e operação do sistema, o que levou à implementação de medidas para garantir a prevenção de futuros acidentes.
